Os Desbravadores, também conhecidos como Clube de Desbravadores, são um departamento da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD), que trabalha especificamente com a educação mental, física e espiritual de crianças e adolescentes situadas na faixa etária entre 10 e 15 anos.
Na tarde desta segunda-feira (9), Carlinhos Silva - Coordenador de Desbravadores, foi o entrevistado na Rádio Simões Filho FM 87.9!
Na Boa Conversa com a qualificada audiência do Programa Panorama de Notícias, Carlinhos iniciou diferenciando Desbravadores de Escoteiro.
"O Clube de Desbravadores é uma entidade da Igreja, um departamento vinculado à Igreja Adventista do Sétimo Dia. É completamente diferente dos escoteiros. A gente trabalha com a parte física, mental, espiritual e social. Então, é um trabalho literalmente voltado às crianças de 10 a 15 anos. Então, desbravador é desbravador e escoteiro é escoteiro", explicou.
Carlinhos destacou a sua escolha em ser Desbravador.
"Parte das boas escolhas que eu fiz na minha vida. Agradeço aí ao Clube de Desbravadores. Sou pai, casado há mais de 23 anos, 25 anos. Um relacionamento tranquilo, trabalhador, não tenho dor de cabeça nenhuma, sou uma pessoa completamente do bem e tenho certeza que a minha formação de caráter junto à educação do meu pai e da minha mãe, também o Clube de Desbravadores influenciou muito na minha vida para eu ser quem sou hoje", afirmou.
O Coordenador pontuou a liberalidade de qualquer pessoa de outras religiões, poder participar do Clube de Desbravadores.
"De 10 a 15 anos, pode ser de qualquer religião, não tem classe social, todos estão aptos a participar do Clube de Desbravadores de 10 a 15 anos", pontuou.
A relação entre a coordenação do clube com os jovens e familiares, foi destacada pelo coordenador.
"Depende muito do nível familiar, mas geralmente é algo gratificante porque de muitos a gente tem a gratidão, a gente tem a gratidão dos pais. E com os meninos também é o reconhecimento porque os meninos tem habilidade, é mais fácil se abrir com o estranho do que com o de dentro de casa. Então a gente acessa fácil eles e tenta conduzi-los a fazer boas escolhas. Então é um relacionamento muito bom e a cada tempo que se passa a gente tenta se aprimorar, obter mais conhecimentos a nível emocional, psicológico, para que a gente possa atender melhor cada um desses filhos que a gente adota quando vem aqui para se tornar desbravador", detalhou.
O teste de sobrevivência na selva, também foi detalhado pelo coordenador.
"Olha, o curso de sobrevivência na selva é algo que a gente não vai ao extremo, porque a gente trabalha com crianças de 10 a 15 anos. Mas eles aprendem a cozinhar na mata, aprendem a fazer vários tipos de fogos para estar fazendo lá na mata. Eles aprendem a fazer panelas e copos com materiais da própria natureza. Eles aprendem a fazer barracas, taipiri usando só o que a natureza oferece. Se o acampamento for de campo e for para cumprir requisitos de uma especialidade, de vida primitiva e tal, então o acampamento já diz o que vai ser. Então, se o acampamento for nessa direção, eles não podem levar nenhum tipo de panela, de copo. A gente utiliza tudo de lá da natureza", explicou.
Carlinhos declarou como é coordenar o clube.
"Primeiro assim, quando eu me entendi por gente, quando eu tive 18, 19 anos, quando eu tive meu primeiro filho, minha primeira filha, eu entendi que eu tinha que contribuir de alguma forma para a sociedade. E o que eu sabia, o que eu entendia, era ser um desbravador. Então, para mim, é uma forma de eu retribuir ao clube o que ele fez pela minha vida e também de ajudar outras pessoas que nem eu, que poderiam ter um caminho diferente. Então, para mim, é muito gratificante estar dentro desse trabalho e, creio que, influenciar também outras pessoas a continuar, porque a continuidade do trabalho é a permanência e o sucesso e muitos também vão ser vitoriosos nesse mesmo caminho", afirmou.
Por fim, o Coordenador pediu apoio a classe empresarial da cidade, destacando a importância do trabalho do Clube dos Desbravadores no município de Simões Filho.
Por Ataíde Barbosa
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